sexta-feira, 19 de junho de 2015

Queixume de sonho

Queixume de sonho
Hoje acordei com medo no meio da chuva.
E meu olhar transbordando o segredo
No desespero que vaga na fronte turva.
Aos lados caem, rastros que cortam o negro céu.
Que descem até a negra rua e, perpetuam, no negro véu.
E as estrelas, cadê?
Não me dei conta que eram elas que caiam!
Perfídio o medo que me entontece os olhos,
Na negra solidão que me abate,
Fez-me temer estrelas!
Só por não vê-las.
Mas sigo os rastros, que cortam o céu, a lua,
Meu papel!
E rasgam-me a face.
Rejane Alves

5 comentários: