quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A ilha






A brisa me cega.
A salina tempera meus desejos de vida,
Enquanto abre caminho de sangue em minhas narinas.
Cortando minhas veias,
Molhando a areia e minha retina.

O medo da entrega,
Flutuar nas ondas me faz recuar.
Recusas meu corpo. Oh mar!
Devolve-me por desventura à baia,
Adentro a aventura de uma ilha,
Mata feroz, vento voraz me faz penar.

Fustiga minha pele, mato arredio.
Inexplorado verde de um olhar,
Piso em seus braços num ato bravio,
De amor fecho os olhos,
Para dor eu sorrio.

Sou rio em fúria que nasce ao amar.

                                                               Rejane Alves

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